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Um OP campeão: saiba como ter um com estas 8 dicas!

Separamos alguns pontos-chave essenciais para que o seu Orçamento Participativo provoque o maior impacto possível.
Um dos pilares mais importantes que asseguram a democracia, tal como a conhecemos, é a participação. Sem ela, uma comunidade não se sustenta, muito menos as suas instituições.
Cada vez mais temos observado que ações que instigam a participação dos cidadãos apresentam inúmeros benefícios. Além de construir uma sociedade melhor, ainda fomentam sentimentos importantes como segurança, confiança e sentido comunitário.
Não se enganem! Os cidadãos querem participar cada vez mais!
Pode não parecer, já que os métodos mais tradicionais de participação tendem a ser um pouco intimidatórios, ou então burocráticos demais. Afinal, ter a palavra a cada 4 anos é muito pouco, sendo até mesmo desapontante e frustrante.
O voto, por mais importante que ele é, não fomenta a criação de um sentimento de comunidade. Não se eliminam as dúvidas e problemas dos cidadãos. Não se instiga uma cidadania participativa.
Realizar um Orçamento Participativo é a solução para responder a estes desafios, uma vez que dá liberdade aos cidadãos para contribuir com ideias, discutir projetos e escolher, por votação, o destino de uma verba do orçamento da autarquia.
Mais do que isso, promove a construção de confiança mútua entre município e munícipe.
Contudo, sejamos francos. Não há uma combinação secreta de regras que definem o orçamento participativo perfeito, uma vez que o nosso país é tão diverso nos contextos das suas várias regiões.
De facto, existem boas práticas que podem auxiliar a construir um projeto capaz de tornar a sociedade mais justa e transparente.
Portanto, reunimos 8 dicas essenciais, que devem servir de base para envolver os seus cidadãos e dinamizar a sua autarquia em torno de um Orçamento Participativo.
1. Seja claro e transparente
Delinear um projeto de Orçamento Participativo pode, à partida, parecer algo extremamente complexo e difícil. Contudo, conduzir este processo de forma clara e objetiva pode ajudar neste início de jornada.
Além disso, cumpra a totalidade a que se propõe. Os seus cidadãos valorizam palavras fortes, puras e vibrantes, enquadradas num discurso curto e inspirador.
Então, seja este bastião de transparência de que a sua comunidade necessita. Assim, será possível despertar aquela faísca da participação que tanto desejam.
2. Defina os seus objetivos e trabalhe nesse sentido
Acredite, nem todos os processos têm o mesmo objetivo. Para um Orçamento Participativo ter sucesso, é preciso saber delimitar a principal meta que se deseja cumprir.
Quer uma deliberação aprofundada? Quer ideias? Quer envolver os cidadãos? Quer dotar os cidadãos de conhecimento sobre o processo de decisão?
Só depois de especificar o objetivo principal é que se trabalha na construção da campanha por detrás. E lembre-se sempre daquele dizer popular: colhemos aquilo que semeamos.
3. Otimize os canais que usa para comunicar
Tenha à sua disposição todos os canais de comunicação para divulgar o seu Orçamento Participativo. Inclusive, use e abuse daqueles que mais domina.
Porém, não se esqueça de adaptar a sua mensagem aos diferentes públicos-alvo, ainda mais se for para os cidadãos mais jovens.
Afinal, se quer instigar a participação, é preciso saber comunicar exatamente onde a nossa audiência está. E não tenha medo de usar diferentes ferramentas digitais. Ultimamente, vídeos e conteúdos para as redes sociais têm trazidos ótimos resultados.
4. Ouça tudo e sempre
A participação funciona muito como uma via de dois sentidos. Este é um processo onde há uma troca de ideias, de experiências, de conhecimento. Portanto, não pode funcionar num único sentido.
Nem sentido, muitas vezes falhamos pelo simples fato de não sabermos ouvir. Não saber ver o problema, a dor do outro. E para que as coisas possam ser remediadas e avançar da melhor forma possível, é necessário ouvir.
Idealmente, 20% do tempo a falar e 80% a ouvir é o ideal para que haja essa troca de interação. Se dividir o tempo a meio, os munícipes ficam com a perceção de que fala demasiado.
5. Promova workshops de criação de ideias
Apesar de a maior parte dos processos de OP apenas receber ideias, ajudar os cidadãos a construir os seus projetos é um passo de gigante rumo a um aumento da qualidade do processo.
Para isso, uma ótima iniciativa é promover workshops ou oficinas que auxiliem os cidadãos a construir as suas propostas. Isto ainda ajuda no sentido crítico das ideias, numa visão mais global da comunidade.
Então, o verdadeiro foco é encontrar as soluções que possivelmente podem ajudar a comunidade a prosperar cada vez mais.
6. Uma pessoa, uma proposta
Existem pessoas com zero ideias e algumas com milhares delas. No entanto, as últimas tendem a perder o foco e a não executar o plano.
Todas as propostas são muito bem-vindas. Aliás, se houver muitas propostas significa que o OP tem grande adesão de cidadãos motivados a participar e a melhorar a sua comunidade.
Contudo, é preciso usar uma espécie de filtro para que todos possam fazer parte do processo e não se sintam excluídos. Ou seja, na mobilização durante a fase de recolha e voto, um tipo de restrição é o ideal.
Claro que o número de propostas pode ser adaptado consoante o tamanho do OP.
7. Envolva as comunidades locais
Para que um OP tenha verdadeiro sucesso, é preciso que toda a comunidade esteja presente. Dinamizar essa adesão pode ser desafiante, mas é possível.
Nesta fase, a comunicação é uma peça fundamental para espalhar a mensagem. Em vez de procurar só o cidadão individual, tente envolver comunidades locais (desportivas, sociais, culturais).
Assim, pode-se assegurar que grupos maiores de pessoas se irão envolver e impulsionar o processo de OP.
8. Peça Feedback sobre a votação
Lembre-se da via de dois sentidos? É exatamente a mesma situação. É preciso deixar claro que a participação dos cidadãos é extremamente importante. Que houve uma rica troca de ideias em prol da comunidade.
Dar feedback é uma excelente oportunidade para avaliar o processo. Afinal, há a possibilidade de saber o que corre bem ou mal.
Agradeça o tempo despendido, de modo a perceber pontos fracos ou pequenos ajustes. Sempre integrado no processo! Assim, reconhece a contribuição e ganha uma ponte para comunicar com os participantes no futuro.
Como gostamos de adicionar valor, acrescentamos um ponto extra!
9. Anuncie os vencedores e informe sobre a execução
Para que haja um processo completamente transparente, porque não divulgar os vencedores? O anúncio do escolhido final oferece um sentimento de dever cumprido, uma conclusão ao processo.
Anunciar os vencedores mostra que o objetivo final nunca deixou de existir, e que de certa forma os cidadãos puderam contribuir para melhorar a sua comunidade.
Aqui há várias oportunidades para fazer estratégias de comunicação, cerimónias de entrega do "cheque gigante". Tudo isto dá visibilidade não só à comunidade, mas ao Município de maneira geral.
Isto não só vale para o anúncio dos vencedores, mas também para o início da execução do projeto e a sua conclusão. Afinal, é preciso que os cidadãos vejam que o esforço valeu a pena, que foram ouvidos e que de alguma forma ajudaram a melhorar a sua comunidade.
Descuidar deste pequeno detalhe pode trazer consequências catastróficas para o próximo orçamento participativo. Negligenciar o reconhecimento do esforço dos participantes pode desencorajar a apresentação de novas propostas e até mesmo má publicidade.
Pronto, agora já tem um breve rascunho do que é preciso para iniciar um projeto de Orçamento Participativo. A WireAcademy orgulha-se em já ter proporcionado alguns workshops a respeito desta temática, como:
- Orçamentos Participativos: uma forma de democratizar a democracia;
- Orçamento participativo: das pessoas, pelas pessoas, para as pessoas;
- Orçamento participativo: 3 passos mais perto do cidadão.
Saiba como podemos ajudar neste processo.
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