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A recolha de animais errantes é das tarefas mais complexas de gerir face à atual legislação e aos recursos disponíveis.
Em média, estima-se que em Portugal são abandonados cerca de 50 mil animais anualmente, o que consequentemente põe à prova, a capacidade dos Centros de Recolha Oficial, e os recursos disponibilizados para a sua recolha e prestação de cuidados.
Gerir um centro de recolha oficial nem sempre é fácil, existem vários fatores que influenciam o bom funcionamento destes espaços, sendo que o maior problema encontrado é a sobrelotação dos mesmos.
Os municípios têm um papel importante na gestão do bem-estar animal, partindo de uma base técnica mais focada na saúde pública.
Nos últimos anos, com a criminalização dos maus-tratos a animais, acresceram significativamente as responsabilidades autárquicas, pois os centros de recolha, devem ajustar-se para não serem instalações que praticam violação das condições de bem-estar animal.
Face à atualidade, os centros de recolha têm de estar preparados para receber animais, garantindo condições dignas de alojamento e cuidado, preparando os mesmos para uma adoção responsável.
Mas como podemos facilitar esses processos?
Existem várias autarquias que já estão preparadas para a gestão de canídeos e felinos através de ferramentas que auxiliam nos procedimentos dos centros de recolha.
Município de Vila Nova de Gaia;
Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana;
Associação de Municípios de Terras Santa Maria;
Município da Ribeira Grande;
Associação de Municípios da Terra Fria Transmontana;
Município de Valongo;
Estes são alguns dos grandes exemplos que trabalham todos os dias para melhorar o funcionamento dos seus centros de recolha, tendo como foco o bem-estar dos animais e a saúde pública.
Alguns destes centros de recolha já contaram mais de 2000 animais a seus cuidados, como é o exemplo do canil municipal da Ribeira Grande, a Associação de Municípios de Terras Santa Maria e ainda a Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana.
Para estes centros de recolha, a utilização de ferramentas de gestão ajuda imenso a nível interno dos abrigos animais, permitindo ainda uma melhor gestão de tempo.
Uma das principais vantagens encontradas na utilização de uma plataforma digital é poder-se consultar informação sobre um determinado animal desde o momento em que chega ao Centro de Recolha até ao momento de saída. Todos os tratamentos efetuados, doenças, pesagens e outras informações essenciais estão presentes na ficha do animal.
A recriação digital do Centro de Recolha através deste portal permite centralizar toda a informação interna num backoffice simples e intuitivo.
Já são quase 14 mil animais resgatados e registados na plataforma utilizada pelos vários municípios para receber o apoio de que tanto necessitam. Mais de 5 mil já foram adotados.
