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- “A plataforma é incrível…se fosse usada por todos os municípios e associações, iria ajudar às adoções e gestão interna dos abrigos de animais”
“A plataforma é incrível…se fosse usada por todos os municípios e associações, iria ajudar às adoções e gestão interna dos abrigos de animais”
23 de setembro entra em vigor a legislação que proíbe a eutanásia nos Centros de Recolha Municipais pois “existem alternativas mais humanas do que continuarmos a abater”, disse a provedora dos animais de Lisboa, Marisa Quaresma dos Reis.
Existem várias soluções e estratégias a serem adotadas pelas autarquias que poderão auxiliar nesta mudança de paradigma. Pedimos a opinião da Lígia Andrade, responsável pela Associação MIDAS, parceira da Câmara Municipal de Matosinhos.
Quais são as taxas de adoção e de devolução da associação MIDAS?
Lígia Andrade: A Midas entrega anualmente cerca de 250 animais a novas famílias. A taxa de devolução é inferior a 1% e estamos já a considerar as adoções condicionadas (de animais com problemas em integração em que tentamos na mesma a ver se funciona com a dinâmica da família).
Que estratégias/meios utilizam para obter esses valores? Qual é o segredo?
LA: Acreditamos que as condições de adoção, são importantes para encontrarmos as famílias que queremos (responsáveis, comprometidos e com a noção do que é ter um animal e o que isso implica na vida da família inteira).
Somos transparentes quanto à situação do animal, e acompanhamos o processo de adoção e apoiamos após a adoção também, para que o animal esteja integrado e a família também.
Tendo em conta a legislação a entrar em vigor no dia 23, o que aconselha aos Centros de Recolha Municipais?
LA: As nossas sugestões e conselhos têm sido dados há vários anos. Contudo, as autarquias ainda não têm noção do panorama efetivo.
Sugerimos campanhas de adoção, de sensibilização, de esterilização. Critérios de adoção, divulgação dos animais nas redes sociais, e o controlo populacional de todos os animais (os entregues para adoção, os que se encontram no centro até serem adotados, e os que se encontram em colonias e matilhas). Ainda que muitos dos animais que nos chegam, sejam de rua, temos tido cada vez mais pedidos de acolhimento para ninhadas caseiras. Estas ninhadas poderiam ser evitadas se houvesse um programa de apoio de esterilização nas freguesias, o que ia diminuir imenso os abandonos e as entradas de animais nos canis e associações (pois limitávamo-nos aos de rua mesmo).
Qual o seu feedback da plataforma PetCare? Considera ser uma solução que ajudará na adaptação à lei?
A plataforma é incrível, muito bem desenvolvida (ainda que possamos melhorar sempre alguns aspetos), mas que se fosse usada por todos os municípios e associações, iriam ajudar às adoções, à noção da realidade de animais, na ajuda de divulgação entre todos os perfis. A plataforma ajuda imenso a nível de gestão interna dos abrigos e dos animais. Permite-nos gerir melhor o tempo também.
Fornecer o máximo de informação possível sobre os animais numa plataforma online a partir da qual é possível a “divulgação entre todos os perfis” é a hipótese mais eficaz para resolver o problema dos animais abandonados. Especificar a forma como foram recolhidos, que sensibilidades têm, se lidam bem com outros animais/pessoas/crianças ou não, os medos, as doenças, etc. Apresentamos o seguinte exemplo:
Requer mais sensibilidade por parte dos funcionários dos centros de recolha/associações partilhar pormenores e características específicas dos animais. No entanto, é a estratégia mais eficaz para o aumento da adoção, integrada com fotografias com alguma qualidade e partilha dessas informações nas redes sociais.
Alguns exemplos de outros países que adotaram estratégias interessantes em relação a esta problemática:
Istambul, Turquia – os habitantes cuidam de cães que vivem na rua que são vacinados e tratados. A empresa turca desenvolveu uma “vending machine” que alimenta animais de rua em troca de garrafas para reciclagem. Pugedon possui outras máquinas e alternativas que fornecem comida a todo o tipo de animais.
Holanda – é o primeiro país sem animais abandonados nas ruas. Alcançou essa meta através de multas elevadas a quem abandonar o amigo de quatro patas; campanhas de castração e consciencialização e aplicação de taxas elevadas para aqueles que comprem cães de raça e não foi necessário recorrer ao abate nos canis.
Pensilvânia, Estados Unidos – programa Book Buddies reúne crianças nos primeiros anos de escola a ler para os gatos abandonados que se encontram no abrigo. As crianças têm melhorado os resultados depois do convívio com os pequenos felinos, inclusive crianças autistas. Bem como o ritmo sonoro da voz é bastante reconfortante para os gatos, principalmente os que foram abandonados.
Para controlar é preciso gerir e para gerir é preciso PetCare. Com mais de 4 000 animais registados, 25% foram adotados. É possível saber o histórico de cada um deles sem qualquer dificuldade, os tratamentos realizados, onde se encontram atualmente, data de entrada, motivo de entrada e todo o percurso dentro do abrigo (tratamentos/vacinas).
Saiba a situação dos animais abandonados da sua autarquia em poucos minutos.
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