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5 Mitos da participação pública
Está preparado para desvendar os 5 maiores mitos sobre a participação pública? A ver vamos.

1. " A participação pode ser promovida a custo 0."
Tudo na vida tem um custo, que seja: tempo, recursos ou dinheiro. Participar ativamente num processo tem sempre custos associados para as pessoas e para a administração.
Com o passar do tempo conseguem-se:
- Sinergias e economias de escala;
- Utilização de uma plataforma para diferentes processos participativos, pela articulação entre diferentes equipas e iniciativas;
- Mobilização dos mesmos canais de comunicação;
- Otimização dos custos.
Não devem ser pensados como uma despesa, mas sim como um investimento essencial para o sucesso do processo participativo, isto é, a construção de confiança na administração e para a vitalidade da própria democracia.
2. “A concertação e a participação pública são a mesma coisa.”
As participações intermediadas por organizações representativas, ao pretenderem incorporar várias sensibilidades num único posicionamento, tendem a ser mais rígidas e menos flexíveis.
A participação pública pretende criar espaços de diálogo entre a administração e as pessoas onde todas possam sentir-se à vontade para participar.
3. “A regulamentação normativa dos processos participativos é indispensável para o sucesso destas iniciativas.”
Não existe uma resposta única para esta matéria, pode ser diferente em cada contexto, em função das condicionantes políticas, sociais e culturais da administração e da sociedade.
É verdade que regular os processos de participação pública, tornando-os obrigatórios, pode em alguns contextos ser a única via possível para a sua existência.
Por outro lado, a regulamentação pode ajudar a criar melhores condições de continuidade e sustentabilidade dos processos participativos, evitando que estes fiquem sujeitos às dinâmicas incertas das mudanças eleitorais e de políticas de cada executivo.
Mas atenção, o excesso de regulamentação quebra iniciativas criativas e por vezes inovadoras.
4. "Os funcionários das instituições que promovem os processos de participação pública não necessitam de qualquer capacitação específica em metodologias participativas.”
Na realidade é exatamente o contrário. Os funcionários públicos são estratégicos para garantir o sucesso das experiências, por outro lado, também são capazes de serem obstáculos ao seu desenvolvimento se não forem capacitados para tal.
Fazer parte de um processo participativo implica:
- Ter alguma formação no tema;
- Adotar uma cultura aberta ao diálogo;
- Evidenciar flexibilidade perante contextos incertos;
- Adaptar a linguagem;
- Trabalhar em horários diferentes do habitual;
- Dominar outras dinâmicas bem diferentes do quadro quotidiano.
5. “A inclusão é um efeito natural dos processos participativos.”
Infelizmente não é verdade. A mera existência de um processo de participação não é garantia suficiente de acesso por parte de determinados grupos sociais. Devem ser sempre tomados cuidados para não deixar para trás pessoas que também têm o direito de participar.
Cuidados a ter:
- Localização física e suas condições de acesso;
- Formas de comunicação assumidas.
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