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Porque devo acabar hoje com o meu site 1 847 450
2020/07/06

Devo acabar com o site ou renová-lo?

É uma das questões que instituições públicas ainda não clientes nos colocam e cuja resposta embora simples tem vários pontos de vista.

Como em tudo o ideal é começar pelo início, certo?

Quando o MySpace começou a ganhar utilizadores em 2000 você previu o gigante que esta plataforma se ia tornar? E previu o colapso? Se sim, parabéns! Mas a maioria não previu. Nem os investidores nem os utilizadores.

Nota do autor: não sabe o que foi o MySpace? Exato… para eu referir percebe que foi grande e já deduziu o que lhe aconteceu.

Em 2006 ninguém sabia se o Facebook e o Twitter iam sobreviver. Um deles nasceu de um “livro de curso“ de universitários e outro de 140 caracteres que ninguém acreditava que pudesse vingar.

Hoje sabemos que existem 4.2 biliões de utilizadores, dos quais 3.3 usam ativamente as redes sociais.

Em média passa-se 116 minutos nas principais redes sociais por dia (Facebook, YouTube, WhatsApp, Messenger, WeChat and Instagram). Leu bem. Quase 2 horas em redes sociais.

Acredito que alguns de vocês estão a pensar “alguém passa muito tempo nas redes sociais porque eu não passo tanto tempo”. É plausível. Pessoalmente, o iPhone diz-me que esta última semana passei uma média diária de 88 minutos com o telemóvel.

Mesmo assim, 88 minutos por dia são 10 horas por semana. É certo que muito pode ser em trabalho (WhatsApp, Feedly, telefone), mas durante 4h foi no Facebook. São 4 horas em que estive “disponível” para a comunicação de milhares de amigos, mas também de instituições como a sua. Todos a competir por alguns segundos de atenção.

As redes sociais são um meio que temos de usar e promover, mas não nos deixam a coisa mais importante: controlo.

Podemos obter feedback direto, com likes, comentários, partilhas. Algo que não temos com um cartaz, um muppi ou um anúncio num jornal, revista ou televisão. Com um pouco de sorte (e engenho) pode-se tornar viral e garante-nos um alcance muito maior que os meios tradicionais.

Mas a que preço?

O preço é a perda de controlo.

O nosso conteúdo, que por vezes muito trabalho deu a construir, só é mostrado quando e a quem os algoritmos complexos destas plataformas bem entendem. É certo que podemos pagar… mas tal só nos garante que subimos ligeiramente na “cadeia alimentar”, já que muitos outros “tubarões” também pagam.

Quando usamos as redes sociais estamos a alugar um espaço (de graça ou a pagar). E o senhorio não quer saber de nós. Ele vai procurar o inquilino que lhe dê mais lucros, mais likes, mais tração com os utilizadores. Ou seja, vai-se preocupar com o melhor para a própria plataforma.

Nas redes sociais não somos donos da nossa marca do ponto de vista de como apresentamos os nossos conteúdos. Temos de nos adaptar aos formatos, tamanhos e tipos de conteúdo. Tal pode ser uma mais valia, pois nos permite ser criativos… mas o trabalho aumenta consideravelmente.

Nos tempos que correm as redes sociais estão também inundadas de fake news e haters. Tal motiva que o nosso conteúdo tem de destacar por entre uma floresta de coisas não tão boas. De preferência, deve ser capaz de destruir os comentários negativos e gerar uma onda positiva por parte dos nossos fãs/seguidores.

Mas afinal… e o nosso site?

Sempre tem algum papel com base neste contexto ou devemos simplesmente acabar com ele?

O nosso site é o nosso castelo. O meio que nos garante legitimidade e onde temos total poder sobre como a informação é transmitida.
As redes sociais são a loja multi-marca onde a nossa marca é vendida. E devemos colocar a nossa marca em várias “lojas”. Hoje em dia por exemplo o TikTok está a crescer. É fácil criar para este meio? Talvez não. Mas tem um público que começa a ser relevante. Terá futuro? Em 2006 sabia o que ia ser o Facebook?

Mas são importantes? Claro que sim. Já viu a Amazon ou os grandes sites de notícias [inter]nacionais a publicar os seus conteúdos direto nas redes sociais? Claro que não. Usam sempre links para convidar o cidadão a deixar a “incerteza” das redes sociais e “entrar no seu castelo”.

As 10 razões pelas quais o seu site é importante:

1. É perfeito para referência.

Imagine um simples link que o cidadão pode referir e onde é possível encontrar toda a informação e serviços que presta. Este é o seu site.

2. É fácil e seguro atualizar.

Já vai longe o dia em que atualizar um site era para informáticos. Atualmente os gestores de conteúdos permitem que tal possa ser feito inclusive distribuindo responsabilidades dentro da sua instituição. Claro que alguns são mais simples que outros (é algo inclusive que os nossos clientes nos reconhecem). Tenha atenção na escolha à segurança da plataforma, já que em média um site institucional é atacado várias vezes por hora.

3. Estabelece uma relação forte com a marca.

O aspeto gráfico e a experiência de navegação são completamente controlados por si. Quer adaptar as cores consoante novas necessidades? Básico. Quer redefinir a hierarquia de informação? Imediato. Quer espalhar as iconografias que caracterizam a sua campanha de promoção do território?

4. Cria e divulga canais oficiais de contacto.

É o diretório oficial onde o cidadão vai consultar os seus emails para contacto, inicia um atendimento via chat ou videoconferência, ou preenche um formulário.

5. Controlo total.

Quer dar destaque a um serviço novo? Fácil. Quer criar um novo serviço? Simples. Quer criar um micro-site sobre algo novo e urgente como a COVID-19? Direto.

6. Marketing superior.

No seu castelo as possibilidades são infindáveis. Faça jus à sua criatividade e torne o seu site único. Use vídeo, agendas culturais, perguntas frequentes, atendimento via chat, agendamentos de videochamadas, transmissão online de reuniões, reporte de ocorrências, orçamentos participativos, notificações por SMS, newsletters.

7. Baixos custos operacionais.

A evidência direta apresentou-se com a COVID-19, já que muitas das nossas autarquias necessitaram de criar canais de comunicação e lançar serviços específicos para acautelar a pandemia e os seus efeitos. A agilidade dos nossos clientes foi fundamental para minimizar o impacto na sociedade. Assegure-se que tem ferramentas que não só fazem o que precisa hoje, como aquilo que pode vir a precisar amanhã. Ao seu tempo. À sua velocidade.

8. Atendimento 24 horas.

Cada vez mais o cidadão procura os serviços consoante a sua própria agenda. Quer escolher quando e onde ser atendido. O seu site permite-lhe disponibilizar ferramentas de auto-atendimento para aqueles que preferem resolver sozinhos, mas também de atendimento online (vídeo ou chat) para os que procuram um contacto humano.

9. Totalmente analítico

Sabe qual o percurso do cidadão no Facebook até ver a sua notícia? E depois de a ver? Exato. Mas no seu site é possível analisar todo o percurso desde que entrou até sair de forma a melhorar e otimizar a experiência de utilização. Esta análise e adaptação é vital para o cidadão sentir que se preocupa com ele.

10. Para aumentar a sua relevância na internet.

O Google e todos os outros motores de busca não se limitam a indexar a informação que coloca no seu site. Verificam quais os sites para onde faz ligações e quais ligam de volta. Ponderam a importância relativa a cada assunto baseado no seu conteúdo e na relevância do contexto que o envolve.
Quer dizer que quando o cidadão procurar vai encontrar o seu site. Não outra fonte qualquer.
Sim, pensou correto. Se apenas publicar conteúdo nas redes sociais a maior probabilidade é nada ser encontrado. Deixa de existir.


Seguir boas práticas é sempre um bom conselho.

No caso das entidades públicas, nomeadamente autarquias, recomendamos os guias de boas práticas na construção de sites da administração pública local, que são avaliados a cada dois anos pelo Índice de Presença na Internet das Câmaras Municipais.

16 clientes WireMaze ficaram no top 20 no índice publicado em 2019.

Estamos certos que seguem os conselhos atrás descritos, entre outros.

Já decidiu se vai acabar com o seu site ou renová-lo?