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CM Caminha abre o caminho para ucranianos em Portugal

Saiba como as ferramentas digitais podem ajudar no processo de integração de refugiados
Em fevereiro de 2022 o mundo presenciou a invasão do território ucraniano pelas forças armadas da Rússia. Uma mistura de angústia e desesperança abalou a Europa, ao ver centenas de famílias afetadas pela guerra.
Segundo dados coletados pela ONU nos últimos meses, foram mais de 2 milhões de refugiados a sair da Ucrânia, número que ainda há-de crescer enquanto o conflito não encontrar um fim.
São cidadãos, mulheres e homens, jovens e crianças, à procura de abrigo, de segurança e, principalmente, de uma oportunidade para recomeçar.
Vários países europeus que receberam estas famílias de braços abertos, fornecendo todo o tipo de ajuda necessária para que o processo fosse rápido e tranquilo.
Neste cenário, Portugal destaca-se não só pela quantidade de famílias que acolheu, mas também pelo esforço e cuidado que tem demonstrado para que estas pessoas encontrem as condições certas para recomeçar.
Um excelente exemplo disto foi o trabalho realizado pelo concelho de Caminha. O município iniciou o acolhimento de famílias ucranianas em março e até agora conta com 77 cidadãos registados. E estes números tendem a evoluir semanalmente.
A autarquia forneceu a estes cidadãos diversos tipo de serviços e apoios, que vão desde a área social, o suporte médico, o acompanhamento de necessidade básicas e até mesmo o desenvolvimento de atividades de cultura e lazer. Tudo isto visando ambientar estas famílias da melhor forma possível.
Contudo, para realizar todo este trabalho, foi preciso pensar em uma estratégia de comunicação eficaz. Isso porque, infelizmente, existe um obstáculo natural: as diferentes línguas.
Esta barreira foi logo reconhecida por Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha. “O que é importante e essencial na comunicação é fazermo-nos perceber e que aqueles para os quais nos dirigimos também nos entendam. É preciso pensar nisto em primeiro lugar”, afirmou.
Simplificar é um trabalho cidadão
Durante a sua apresentação no Painel de Comunicação no Fórum 4.º Autarquias do Futuro, o presidente de Caminha revelou que para transpor este entrave foi preciso voltar ao estágio mais básico de uma comunicação autárquica.
Esta nova comunidade deslocada, que deixou a sua terra natal e vive agora em outra realidade, sentia a necessidade de informações basilares. O grande desafio era responder a questões simples que são muitas vezes de conhecimento geral e nato da região.
Informações desde: onde se encontra a Câmara Municipal e quais os seus serviços disponíveis, quais os locais ao meu redor e o que eles oferecem, quais os horários do comboio e por onde eles passam, até mesmo onde se encontram as farmácias, hospitais, mercados, postos da GNR e os postos CTT.
Neste sentido, a Câmara Municipal criou um micro website a partir do site principal do Município de Caminha, com foco total na comunidade ucraniana.
Todo o projeto foi desenvolvido na língua materna destes novos residentes e contém diversos tipos diferentes de informação necessária para que possam exercer a sua rotina sem grandes constrangimentos.
O diferencial
O sucesso do apoio ao acolhimento destas famílias foi, sem dúvida, a recetividade dos moradores do Município de Caminha. Sem a colaboração da comunidade local este projeto não teria dados os seus primeiros passos.
Além disso, o projeto contou com a colaboração de inúmeros técnicos da autarquia dispostos a fazer esforços para que estes cidadãos ucranianos pudessem, de facto, recomeçar as suas vidas no concelho.
Contudo, o grande diferencial deste projeto foi a participação de duas jovens que fazem parte desta comunidade ucraniana. O seu papel é filtrar e discernir os conteúdos que realmente são importantes para estes cidadãos.
“Coloque-se num país diferente, do outro lado da Europa, onde não percebemos as pessoas e nem temos capacidade para apreender muita informação porque não conseguimos ler, pois lá não falam português (…) e têm dificuldade em comunicar com as pessoas que os acolhem, por muito simpáticas que sejam. É necessário criar um jornal diário, que tenha capacidade de ter informação que interessa a estes cidadãos, para resolver os problemas do seu dia-a-dia”, ressalvou o presidente Miguel Alves.
Estes conteúdos podem parecer simplistas ou até secundários, em função das outras informações que esta comunidade recebe da sua terra natal ou dos parentes que ficaram para trás. Contudo, estes conteúdos são essenciais para que possam viver a sua rotina e se integrarem diariamente numa nova comunidade.
Este é o grande poder que as ferramentas digitais ao nosso dispor podem oferecer. Sem a ajuda das tecnologias, criar uma rede de apoio a estes refugiados ucranianos seria uma tarefa muito mais árdua, complexa e demorada.
Simplificar estes processos é o que nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Seja em Portugal ou na Ucrânia, se trabalharmos juntos, promovemos cidadania!
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