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Turismo com tecnologia ou tecnologia com turismo?!

No decorrer do megaevento da wireAcademy, 3.º Autarquias do Futuro, tivemos uma sessão dedicado ao Turismo, uma das áreas que mais desafios enfrenta no presente.
A participação rondou os 100 técnicos e eleitos autárquicos, onde tivemos o prazer de contar como oradores, a Dr.ª Ana Cotter, Responsável e Coordenadora da Implementação da Estratégia de Turismo de Guimarães e o Dr. Miguel Reis Silva, Coordenador Executivo do Projeto Aspiring Geopark Oeste – Terras do Jurássico.
Na primeira parte de intervenções, a Dr.ª Ana Cotter apresentou-nos aquele que é um dos maiores desafios do Turismo de Guimarães: criar a relação entre o Património, a Cultura, a Responsabilidade Ambiental, a Gastronomia e a Religião.
Todas elas possuem áreas muito fulcrais no desenvolvimento do Turismo na cidade berço, sendo que esta possui uma situação geográfica confortável e estratégica.
Mesmo tendo uma grande riqueza, e com vários tipos de turismo em desenvolvimento, a Dr.ª Ana Cotter mencionou que “…a pandemia COVID-19 alterou e muito o turismo, bem como a economia global. Logo, este facto teve repercussões diretas e nefastos no turismo da sua cidade.
Foram, então, implementadas várias medidas. Uma ação territorial, com um equilíbrio do mesmo, promovendo um turismo de proximidade. E, uma ação operacional, onde o papel das tecnologias foi preponderante, recorrendo a diversos meios digitais, puxando pelos benefícios e vantagens da plataforma de turismo e App de turismo existentes.
Mas, como gerir tudo isto? Introduzindo “gamification” no turismo, com técnicas inovadoras, plataformas responsivas e mais user-friendly, refere a Dr.ª Ana Cotter.
Contudo, um dos programas que mais êxito teve, foi o “Guimarães Embaixadores”, onde os turistas apresentam as suas experiências, opiniões e fotos numa plataforma dedicada ao mesmo. Existe uma maior e diversificada qualidade da comunicação, mostrando o Turismo de Guimarães da forma mais atrativa e direta. Neste caso, foi privilegiado, entre muitos, o turismo de Natureza e Religioso.
No final, e com toda a sua vasta experiência, a Dr.ª Ana Cotter terminou o seu discurso com três pontos determinantes, que em paralelo ao ambiente digital proporcionado ao turista, levam ao sucesso o turismo em Guimarães: foco, agilidade e sustentabilidade.
Posteriormente, Dr. Miguel Silva, apresentou-nos o “Aspiring Geoparque Oeste”, um parque único em Portugal. Não só pela sua dimensão, mas pela sua dinâmica e as diversas áreas de turismo que o compõem.
O “Aspiring Geoparque Oeste”, está espalhado por 6 municípios, com 1154 km2 e com 72km de costa para o oceano Atlântico, contendo a maior lagoa de água salgada da Europa.
O Dr. Miguel Silva afirmou que no início, o objetivo primário, para o sucesso de um projeto desta envergadura, foi criar um bom conselho científico, desde a biologia, geologia, arqueologia, entre muitas outras especialidades.
Uma das maiores atrações e a Grande Mata, onde viveram no seu tempo os Dinossauros, com mais de 50 goesitos visitáveis.
Um local considerado território de ciência, o Dr. Miguel Silva confirma que a especialidade principal do parque é a Paleontologia.
Como tal, possuem uma vertente educativa muito forte, sem nunca descurar os vários pilares de turismo, que tencionam direcionar para o “Aspiring Geoparque Oeste”. São eles: a gastronomia, natureza, saúde e bem-estar, desporto e lazer, eventos temáticos, religioso, ciência e educação.
Numa divulgação estruturada para todos os meios digitais, com diversos programas turísticos, o Dr. Miguel Silva conclui a sua apresentação afirmando que o objetivo é o reconhecimento do parque a nível internacional.
Como complemento às duas excelentes intervenções que tivemos, nesta sessão, a oportunidade de obter alguns “insights” tecnológicos de César Silva, eGovernment Evangelist da Wiremaze.
A grande questão colocada foi: Turismo com tecnologia ou tecnologia com turismo?
César Silva, afirmou que “… não é ter o máximo de tecnologia, é o que fazemos com ela!”. Muitos municípios, utilizam QR-codes para dinamizar locais específicos de turismo, sendo que alguns projetos já incluem a utilização de Beacons.
Assim, o turista recebe a notificação de um ponto de interesse de imediato na sua app móvel, sem ter que ler algum código ou aceder a uma página.
Referiu que, também, é importante termos a noção dos 5 momentos principais de um turista: o planear antes de sair, a estadia, a visita, a saída e pós-visita. Em todos, deve haver uma interação dinâmica com uma comunicação homogénea.
Para além dos clientes, terem a pretensão de “vender Turismo”, estes devem almejar o objetivo de “proporcionar/vender experiências”.
Promover um turismo em rede, de todos para todos. Um site dedicado ao turismo e uma app móvel de turismo, já é um excelente ponto de partida.
Uma sessão que nos inspirou, numa altura em que os desafios para este setor têm sido elevados.