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Ouvir: a principal responsabilidade da democracia representativa
O cidadão em democracia representativa elege por 4 anos o seu representante, mas tal não quer dizer que se abstém de opinar ou ser ouvido.
Todos conhecemos aqueles que nem querem saber o que é necessário para a sociedade em que se enquadram, as soluções propostas e compromissos necessários.
Em oposição, também conhecemos aqueles que não conseguem parar de se envolver na comunidade e de ativamente procurar os seus ideais, ajudando a comunidade a crescer, ser mais justa e solidária.
Mas em ambas as situações, o cidadão sabe a que porta bater… à do(a) presidente!
No decorrer dos últimos 20 anos a lidar com autarcas ainda não encontramos UM que afirmasse não ouvir os cidadãos no dia-a-dia.
Uns fazem-no apenas de forma informal, outros alocam agenda periódica para receber os cidadãos, outros fazem reuniões descentralizadas, outros presidências abertas visitando os territórios sob a sua gestão, outros disponibilizam formulários de contato nos sites e apps autárquicos.
O Índice da Presença na Internet das Câmaras Municipais (IPIC) reforça a importância de ter um canal oficial de contato com o presidente, através do critério C4.i1.
O filósofo político italiano Nicolau Maquiavel, considerado um dos fundadores da Ciência Política moderna, também ressaltou a importância do cidadão na sua obra. Segundo ele, o povo seria responsável pela preservação da comunidade, já que, para o autor, o Estado (entendido como unidade política soberana, com estrutura própria e politicamente organizada, diferente de “governo”) tenderia de forma natural à ruína.
Mas quem seria o cidadão? Na cidade antiga (nas épocas de gregos e romanos), as normas da sociedade eram pautadas pela religião e por isso, era considerado cidadão o indivíduo que participava do culto da cidade.
Na cidade moderna o cidadão é um membro do Estado que usufrui de direitos civis e políticos, e que desempenha deveres que lhe são atribuídos pela sociedade a qual pertence.
Ou seja, o cidadão é alguém que participa e desempenha deveres… por mais simples que por vezes sejam. No caso, comunicar ao seu representante máximo os seus anseios, necessidades ou opiniões.
O importante? É garantir que o cidadão tem resposta e não fica a falar no vazio. Tal irá minar o seu capital de confiança.
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